sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Voltar ao Mont Saint-Michel

(onde percebemos que o tempo foi infinitamente generoso connosco)



A primeira viagem que o meu amor e eu fizemos foi ao Mont Saint-Michel, no longínquo Fevereiro de 2013. Os miúdos tinham ido passar as férias de Carnaval a Portugal. Guardo dessa viagem a França um sentimento ambivalente. A doçura de começar uma relação, de descobrir o outro. De nos apaixonarmos todos os dias um bocadinho mais. A estranheza de estarmos finalmente a sós.

Não estava nos nossos planos estas férias visitar o Mont Saint-Michel. Mas em todas as lojinhas se via postais com aquelas imagens belíssimas e o Diogo acabou por perguntar se estávamos longe. Achámos que se justificava fazer um pequeno desvio para lhes dar a conhecer este mítico ilhote rochoso. Foi engraçado ver a reacção de espanto dos rapazes quando nos começamos a aproximar da baía e a abadia imponente imerge no cimo do monte. Como é um local repleto de turistas, optámos por chegar bem cedo e partir antes da invasão. Deste modo, conseguimos visitar tranquilamente a vilazinha incrustada na rocha, no sopé da abadia. As lojas são muito turísticas, é certo. Mas os rapazes ficaram absolutamente encantados com a panóplia de armas expostas. Para eles, foi um espectáculo por si só. Para nós, foi um doce regresso ao passado. No final, o meu amor puxou-me para ele e murmurou-me ao ouvido: “Tenho tanto orgulho por tudo o que conseguiste alcançar neste últimos quatro anos. Venceste todas as batalhas, uma por uma. És a pessoa mais corajosa e forte que conheço.”

Nunca teria acreditado se alguém me dissesse que, um dia, voltaria ao Mont Saint-Michel em família… com o mesmo homem por quem continuo perdidamente apaixonada, com o mesmo cão pateta e com os meus dois filhos já crescidos. Foi um momento mágico, num local onde o maravilhoso está omnipresente.























Sem comentários:

Enviar um comentário